quinta-feira, 10 de julho de 2008

Aloha!



A primeira saudação do Aloha data de 99, e soava fresca como a primeira brisa da primavera. The Non believers é seu primeiro germe sonoro: experimentação gentil, sintetizando atmosfera de entardecer sob influência de calmantes. Com os primeiros albuns (That´s your fire em 2000, Sugar em 2002), entraram respeitosamente no terreno do Free jazz, pulsando nos extravagantes ritmos de Cale Parks e improváveis xilofones, combinação progressiva de montanha russa e algodão doce. Suavemente, Tony desenhava dentro dos limites de sua voz, longos e livres cincunlóquios melódicos, tendo como textura de fundo a guitarra asseada de T.J.
Em 2004, a banda abandona os floreios jazzisticos e lança seu disco mais consistente, que com segurança incomum desafia clichês que os associavam ao Indie rock, Here comes everyone. Uma produção impecável ressalta uma ampla gama de elementos ornamentais dos arranjos (percussões, xilofone, violão, piano, teclado, sintetizador, e uma guitarra ultra-polida de encher os ouvidos). Tornam assim sensível a vasta influência que os impele, de Pet Sounds, Zombies a Silver apples e Idm.
No próximo disco, Some Echoes (2006), experimentam com mais mobilidade e estão ainda mais à vontade na indefinibilidade de seu estilo. Conseguem fazer mais com muito menos. Os teclados sobressaem com temas quase circenses, guitarras divagantes e Cale Parks carrega toda a percussão nos ombros como um desfile marcial. O próximo disco enfatiza o violão e a voz de Tony. É mais meloso e direto. Ainda mantém a principal qualidade desse som: aconchegância. Aloha! , por ora.

Nenhum comentário: